sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Palavras do Diácono Celso Majoral 01/02/2013


O sentido cristão do sexo:
Antes de tudo o casal cristão precisa conhecer bem o sentido do sexo no plano de Deus. Ele o quis. De todas as alternativas possíveis que Deus poderia ter empregado para gerar e manter a espécie humana, Ele escolheu a relação física e espiritual do amor conjugal. Deus quis que o casal humano fosse o arquétipo da humanidade, e que sua geração fosse por meio da via sexual.
Além disso, por meio deste ato, quis aprofundar o amor do casal. Então, a conclusão a que se chega, é que Deus não só inventou o sexo, mas o dotou de profunda dignidade e sentido, e por isso colocou normas para ser vivido de maneira correta, para que não causasse desajustamento e sofrimento.
Deus quis que o ser humano fosse material e espiritual, algo como uma síntese bela do animal que apenas tem corpo, com o anjo que apenas é espírito. E dotando-o de corpo quis que o homem fosse sexuado como os animais; porém, a sua vida sexual devia ser guiada não pelo instinto, como nos animais, mas, pela alma, e iluminada pela inteligência, embelezada pela liberdade, conduzida pela vontade e vivida no amor.
A vida sexual é algo muito sublime no plano de Deus; por isso, jamais um casal deve pensar que Deus esteja longe no momento de sua união mais íntima; pois este ato é santo e santificador no casamento e querido por Deus.
O amor conjugal tem um sentido único; o amor entre dois seres do mesmo sexo, como, por exemplo, pai e filho ou dois amigos, não contém a complementação no plano físico. O uso do sexo no seu devido lugar, no casamento, bem entendido nos seus aspectos espiritual e psicológico, é um dos atos mais nobres e significativos que o ser humano pode realizar; pois ele é a fonte da vida e da celebração do amor. A virtude da castidade, mais do que consistir na renúncia ao sexo, significa o se u uso adequado.
Diz o Dr. Alphone H. Clemens, Diretor do Centro de Aconselhamento da Universidade Católica da América, Washington, D.C., que ato sexual: “É um ato de grande beleza e profunda significação espiritual, pois o amor conjugal entre dois cristãos em estado de graça, é uma fusão de dois corpos que são templos da Trindade, e uma fusão de duas almas que participam da mesma Vida Divina… Por outro lado, usado com propriedade, torna-se uma fonte de união, harmonia, paz e justamento.
Intensifica o amor entre o esposo e a esposa, e funciona como escudo contra a infidelidade e incontinência. A personalidade humana integral, mesmo nos seus aspectos sobrenaturais, é enriquecida pelo sexo, uma vez que o ato do amor conjugal também é merecedor de graças.” (Clemens, 1969, p. 175)
Afirma Raoul de Gutchenere, em “Judgment on Birth Control” que: “Foi reconhecido há já bastante tempo, que as relações sexuais produzem efeitos psicológicos profundos, especialmente sobre a mulher, uma vez que o esperma absorvido por seu corpo, desempenha um papel dinamogênico, promovendo o equilíbrio. De modo geral, o ato de amor conjugal provoca o relaxamento, vigor, autoconfiança, satisfação, sensação geral de bem estar, sensação de segurança e uma disposição que co nduz ao esquecimento de atritos e tensões de menor importância entre o casal.” (Apud Clemens, p. 177)
Não é à toa que São Paulo, há 2000 anos já recomendava aos cônjuges cristãos: “não vos recuseis um ao outro… afim de que Satanás não vos tente.” (1Cor 7,5)
A recusa do sexo sem motivo pode representar não apenas uma injustiça para com o cônjuge, mas também o perigo de o expor à infidelidade e o casamento ao fracasso. Isso mostra que os casais não devem ficar muito tempo separados quaisquer que sejam os motivos, especialmente por razões menores.
O afastamento prolongado deles pode gerar uma situação de estresse especialmente para o homem. Alguns conseguem superar essa abstinência sexual forçada com uma sublimação religiosa, mas nem todos tem a mesma disposição.
No entanto, é preciso dizer que os especialistas mostram em suas pesquisas que “outros fatores que não o sexo são mais importantes para a felicidade matrimonial”, uma vez que muitos casais superam seus problemas e angústias com um amor autêntico.
Sem o ato sexual o matrimônio não é consumado diz o Código de Direito Canônico, e não pode atingir a sua finalidade:
Cân. 1061 § 1. “O matrimônio válido entre os batizados chama-se só ratificado, se não foi consumado; ratificado e consumado, se os cônjuges realizaram entre si, de modo humano, o ato conjugal apto por si para a geração de prole, ao qual por sua própria natureza se ordena o matrimônio, e pelo qual os cônjuges se tornam uma só carne”.
É por essa razão – o matrimônio não poder ser consumado – que o casal que não pode, definitivamente, realizar o ato sexual, não pode receber o sacramento. Isto não se refere aos que tem o problema da infertilidade.
Cân. 1084 § 1. “A impotência para copular, antecedente e perpétua, absoluta ou relativa, por parte do homem ou da mulher, dirime o matrimônio por sua própria natureza”.
Essas normas mostram como a Igreja valoriza o sexo. O matrimônio tem como uma de suas finalidades básicas a geração dos filhos; e isso só pode ser feito, segundo a vontade de Deus, pelo ato sexual. A fé católica não aceita a inseminação artificial.
Logo, se o casal não pode realizar esse ato, de maneira irreversível e definitiva, comprovada pela medicina, não podem se casar, pois o sacramento não seria consumado. Portanto, não se trata de falta de caridade da Igreja para com esses casais, mas, de uma exigência intrínseca do matrimônio que a Igreja não pode violar.
Diac. Celso Majoral

Um comentário:

  1. Muito Bom :). A cada dia que passa estamos nos fortalecendo na palavra de Jesus. Fiquem com Deus :)

    Jovem Salmistaaa ?????

    EUU SSOOOUUUUU

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