Como
manter a atração na vida conjugal?
Isso
implica no cultivo de certos cuidados
Quem não se lembra dos
inícios de namoro? Nesse começo do envolvimento, a pessoa apaixonada pega-se
pensando no outro a todo instante, em tudo vê algo que remete seus pensamentos
à pessoa por quem tem um amor ainda platônico. Assim, o galanteador, por meio
dos olhares trocados ou nas conversas – que apesar de parecerem bobas, não são
descartadas pela pretendente de imediato –, lança mão de todas as “manobras”, a
fim de prolongar os momentos na presença do outro.
Independente da época em que
o casal tenha se conhecido ou da realidade social na qual cada um viva, quase
sempre, em seus encontros, estão presentes as mesmas táticas de um jogo de
sedução e de desejo silencioso entre eles.
Um jogo que, nas abordagens,
visa a aproximação junto da pessoa com o propósito de estabelecer com ela um
romance.
Das experiências vividas em
outros relacionamentos, aprende-se que, ainda que seja muito agradável estar
com alguém bonito, somente os lindos olhos azuis da menina ou o físico
“malhado” do rapaz, não tem forças suficientes para sustentar um envolvimento a
longo prazo.
Isso nos faz perceber que
apenas o sentimento de atração física por alguém não é sinal de amor.
Amar é muito mais do que
desejar estar perto de alguém ou se sentir atraído (a) pelos atributos do (a)
pretendente.
Apesar de a atração física
não ser unicamente a base de um relacionamento, na vida a dois o desejo e o
amor pelo outro se complementam como ingredientes para compor as bases dessa
relação. Se a atração física desperta em nós o desejo por alguém, o amor
amadurecido nos provoca a querer permanecer no propósito de construir a
felicidade com a pessoa.
Assim como numa orquestra é
preciso que haja harmonia e nenhum deslize pode acontecer na execução da
música, na sinfonia da vida conjugal muitas coisas precisam estar também
afinadas entre os cônjuges.
Isso implica na retomada
daqueles cuidados que, ainda como namorados, o rapaz e a moça procuravam
cultivar em cada encontro, isto é, o interesse do outro para si!
Se tal atenção deixou de
fazer parte da agenda do casal, ainda é tempo de recomeçar. Não podemos
considerar que somente por estarmos casados, não há mais a necessidade de
continuar provocando boas sensações no nosso cônjuge. O desejo em continuar
atraindo o outro, por meio dos encantamentos, dos cuidados e dos atributos
naturais, deverão ser cultivados e alimentados ao longo da vida conjugal.
Além das obrigações comumente
realizadas pelo casal, os momentos de romance e intimidade entre marido e
mulher precisam ser observados com o mesmo grau de importância com que eles se
dedicam às outras tarefas, pois não é porque já nos encontramos casados que
devemos abolir da vida conjugal a arte de continuar seduzindo aquela pessoa que
nos faz sentir realizados.